O IPM (Intervalo Pós-morte) consiste de um parâmetro judicial que determina o tempo entre a ocasião da morte e a descoberta do cadáver, sendo este de suma importância na reconstrução de um crime que leva uma vítima ao óbito, tanto em casos de homicídio doloso ou culposo. O IPM pode ser determinado de diferentes formas, baseado nos fenômenos de decomposição que ocorrem após a morte, sendo esse um dos métodos mais comumente utilizados. Visto que em muitos casos de cadáveres expostos a determinação do IPM, através de sucessão entomológica, torna-se imprecisa quando atinge o sétimo dia da decomposição. Devido a grande população de insetos necrófagos já habitando nos cadáveres e as demais outras ferramentas comuns de determinação de IPM também perdem sua precisão. Uma solução para o problema em questão é o uso de ferramentas alternativas, como por exemplo, a análise do solo ao redor dos cadáveres expostos. Durante o processo de decomposição a excreção dos constituintes do corpo passa para o solo, e altera a fertilidade deste apenas no terreno que esteja dentro de diâmetro máximo de 2 metros ao redor do corpo, dependendo do tipo de solo, isto porque o corpo possui uma serie de nutrientes tais como nitrogênio, enxofre e os demais macroelementos. Como este processo de excreção de substâncias químicas ocorre durante toda a decomposição, o acompanhamento das alterações dos níveis destes compostos no solo pode ser utilizado na construção de um modelo de previsão de IPM. No presente trabalho será feita uma nova abordagem quanto a análise de solo, ao tratar de algo ainda não explorado no Brasil para a elucidação de crimes, que consiste da determinação quantitativa de macroelementos liberados durante todo o processo de decomposição de uma carcaça suína em solo alcalino, típico da região amazônica, em clima tropical equatorial úmido.