A utilização de sistemas de análise por injeção em fluxo, geralmente denominados de FIA (do nome em inglês: Flow Injection Analysis) teve início com trabalhos desenvolvidos por Ruzicka em meados da década de setenta (Valcarcel e Castro, 1984). O método de análise por injeção em fluxo apresenta um embasamento teórico simples, excelente capacidade analítica no que se refere a rapidez e precisão possibilitando maior taxa de determinação (aproximadamente 300 determinações por hora), menor gasto de reagente e diminuição de interferência (Zagatto et al., 1981). O sistema em discussão apresenta-se, ainda, com custos relativamente baixos, são úteis em processos de automatização e miniaturização de instrumentos de análise. Embora extensamente utilizados em instituições de pesquisa e em análises de rotina (Reis, 1996; Nóbrega et al., 1996), discussões/experimentos sobre a análise em fluxo são frequentemente omitidos nos cursos de graduação em química. Apesar da importância do Brasil no desenvolvimento deste processo (Reis, 1996), o número de trabalhos com enfoque didático em português é bastante restrito (Reis et al., 1989; Reis e Bergamin, 1993). Este grupo de pesquisa tem desenvolvido um estudo de modificação de um sistema FIA que se encontrava abandonado no Departamento de Química. Resultados promissores foram encontrados na determinação de Ferro (II) e agora pretende-se implantar um sistema para especiação de Ferro, determinando quantitativamente as concentrações de Ferro (II) e Ferro (III) em amostras de água e incluir experimentos empregando análise por FIA em disciplinas de Química Analítica Experimental nos cursos de Graduação de Licenciatura e Bacharelado em Química da UFAM.