O IPM (Intervalo Pós-morte) consiste de um parâmetro que determina o tempo entre a ocasião da morte e a descoberta do cadáver, sendo este de suma importância na reconstrução de um crime que leva a vítima ao óbito, tanto em casos de homicídio doloso ou culposo. O IPM pode ser determinado de diferentes formas, baseado nos fenômenos de decomposição que ocorrem após a morte, dentre estes métodos os mais comuns são a identificação das fases de decomposição cadavérica. Em caso de omissão de cadáveres em covas rasas, quando a decomposição é mais lenta, as ferramentas comuns de determinação do IPM não são precisas, pois estas focam no estudo dos corpos expostos, uma solução para o problema em questão é o uso de ferramentas alternativas, como por exemplo, a análise do solo ao redor dos corpos enterrados. Durante o processo de decomposição de um cadáver enterrado a excreção dos constituintes do corpo para o solo, altera a fertilidade deste apenas no terreno que esteja dentro de diâmetro máximo de 2 metros ao redor do corpo, dependendo do tipo de solo, isto porque o corpo humano possui uma serie de nutrientes tais como nitrogênio, enxofre e os demais macroelementos. Como este processo de excreção de substâncias químicas ocorre durante toda a decomposição, o acompanhamento das alterações dos níveis destes compostos no solo pode ser utilizado na construção de um modelo de previsão de IPM.